Tecnologia é mais eficiente e econômica que as placas eletrônicas, principalmente em países de clima quente, como o Brasil.

A mesma tecnologia utilizada nas geladeiras é adotada nos purificadores de água desde os anos 80. Os compressores atuaram exclusivamente nessa missão até há pouco tempo, quando as placas eletrônicas de refrigeração foram inseridas no mercado como solução concorrente. Ocorre que, diferente da sua eficiência em países de clima frio, aqui essa nova tecnologia tem no seu princípio de funcionamento – troca de calor – a dificuldade central.

Como o conceito das placas eletrônicas é a troca de calor, é natural que elas sejam menos eficientes em ambientes quentes. “As placas eletrônicas são constituídas por pastilhas termoelétricas, que utilizam o Efeito Peltier para transferir o calor de uma superfície de cerâmica para a outra através de metais condutores de elétrons. Ou seja, o metal transfere o calor para uma das placas de cerâmica, que fica quente. Esse calor é disperso por ventoinha, enquanto uma outra placa é resfriada e serve para refrescar a água”, explica Leonardo Mazulquim, Coordenador de Qualidade na IBBL. Durante o nosso verão, ressalta ele, a placa refrigeradora tem mais dificuldade.

De acordo com o especialista, isso explica as queixas constantes de usuários por falta de água gelada em seus purificadores equipados com placas eletrônicas. “Também por essa ação constante de troca de calor, as placas eletrônicas ficam ligadas por muitas horas para resfriar a água e elevam o consumo de energia”, salienta.

Compressores
O especialista defende a tecnologia de resfriamento por compressores por categorizá-la mais eficiente e confiável. “Ela também é mais econômica, pois o sensor de temperatura (termostato) aciona o compressor somente quando há a necessidade de gelar a água”, diz Mazulquim. Nos modelos da IBBL, por exemplo, o termostato atua para manter água gelada no range de 4 a 10 graus Celsius. “Temos produtos com reservatórios que vão de 1,3 a 4 litros de água gelada”, destaca.

No caso da IBBL, os compressores desenvolvidos pela Embraco consomem até quatro vezes menos energia do que as placas eletrônicas. “Eles são equipados com gás refrigerante (R134a) que não agride o meio ambiente e, como são totalmente isolados, podem durar décadas dependendo da interferência externa”, conclui Mazulquim.