No dia 21 de setembro é celebrado o dia nacional de luta das pessoas com deficiência. Essa data escolhida não por acaso antecede o início da primavera no Brasil e representa renovação, inspirada pelo nascimento das flores preenchendo as cidades. Para a parcela da população brasileira com deficiências físicas e mentais, assim como para seus familiares e profissionais da área, a data oficializada em 2005 pela lei nº 11.133 promove o incentivo à conscientização acerca das necessidades desses grupos e traz a esperança de mais inclusão e acessibilidade.
De acordo com a Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência (CDPD), no Artigo 1 (BRASIL, 2007, p. 14), “pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de natureza física, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade com as demais pessoas”.
A luta por realidades igualitárias de convívio faz parte da rotina de quem está diretamente envolvido com a causa das pessoas portadoras de deficiência, suas reivindicações atingem diferentes níveis, que vão desde discussões para disseminar informações no dia a dia até o desenvolvimento de projetos de leis e políticas públicas visando diminuir o preconceito com o tema, que ainda é tido como tabu. Esse tabu é o principal obstáculo para alcançar os objetivos urgentes de direito a acessibilidade e inclusão.
Por isso é tão importante romper essa barreira e falar abertamente sobre o assunto, é nossa responsabilidade garantir melhores condições de acessibilidade e inclusão das pessoas com deficiências nos mais diversos espaços.
Esta data tão importante existe não somente para comemorar as conquistas alcançadas, mas também promover o pensamento crítico para que a sociedade se mobilize em direção à mudança.
E não precisa de muito para colocar a inclusão em prática, você pode começar hoje com atitudes simples. Conhece um profissional com algum grau de deficiência disponível para o mercado de trabalho? Indique-o a uma vaga que tenha conhecimento! Garantir a participação direta dessas pessoas e a ocupação como protagonistas em atividades profissionais pode fazer toda diferença para diminuir as limitações sociais que enfrentam. Pequenas ações como essa fazem toda diferença!
Para os proprietários e administradores de comércios, escritórios, escolas ou consultórios, outras iniciativas colocadas em prática garantem mais qualidade de vida a esses grupos. Se esse é o seu caso, não adie a adaptação dos ambientes para receber pessoas com deficiência de forma confortável.
- Instale rampas de acesso e barras de apoio para pessoas com limitações de locomoção;
- Nivele os pisos e garanta espaço para circulação;
- Sinalize em braile a descrição dos objetos e as placas de identificação dos locais para pessoas com limitações visuais, além de instalar pisos táteis para que se desloquem com mais facilidade;
- Treine seus profissionais de atendimento para que recebem portadores de deficiências mentais com o tratamento devido;
- Garanta a altura ideal de móveis e aparelhos de uso compartilhado para o encaixe de cadeiras de rodas, como purificadores de água com desenho universal.